Desdesatualize


Mas desatualizado que meu blog, só o pessoal que não sabe o que acontece fora do seu mundinho.

E como o assunto é velho, mas ainda desconhecido pra muita gente – admira a quantidade de pessoas que não sabem o peso dessa manifestação – deixo aqui o que vale por mil palavras. E alguns links, para não dizer que eu não falei de flores.

#spanishrevolution – milhares de pessoas acampadas e praça pública em várias cidades da Espanha para protestar contra uma crise que atingiu níveis de 40% de desemprego entre os jovens. Organização através de Facebook, twitter e mídia impressa. 

Conheça o Facebook oficial: http://www.facebook.com/acampadasol

Nas ruas de Barcelona, manifestantes criativos


Manifestantes na plaza del Sol, Madrid, em maio de 2011 - movimento 15-M





Conceito, prática, métricas e inovações com o e-book Comunicação e Marketing Digitais

Nem só de viagens vive uma pessoa. Ojalá viviera, como dizem na Espanha. Eu também tenho um lado mais sério, mais trabalhador, que é afinal de onde tiro o sustento para pagar meus pulos aqui e ali. E não menos apaixonante, é meu lado de planejamento e comunicação.

Entre os dias 23 e 25 desse mês, por exemplo, participei de um evento incrível sobre Marketing 2.0 que rolou aqui em Curitiba. Duas das pessoas que eu sou mais fã, Jaime Troiano e Martha Gabriel estavam por lá. Enquanto Troiano, que tem uma das maiores empresas de branding do Brasil, deu uma verdadeira aula de planejamento, Martha mostrou que nada adianta blogar, tuitar e facebookar a sua marca por aí sem um  bom plano de marketing por trás. Estratégia é tudo. Quem quiser saber mais  pode dar uma olhada no blog do evento aqui, ou conferir o post que eu fiz sobre o primeiro dia do evento no site da galera da Webeocanal aqui.

Outra grande oportunidade da área que surgiu nessa semana foi o lançamento de um e-book para download gratuito sobre Comunicação e Marketing Digitais. Além de Martha Gabriel, feras como Andre Telles, Patrícia Moura, Mirna Tonus, Marcel Ayres, Danila Dourado e Mara Baroni estão presentes. Vale a pena baixar o livro.



Babá de Pato

Nunca troquei fraldas, nem fui baby sitter, mas ser babá de pato não foi fácil. Donaldinho ficava a maior parte do tempo na sua gaiolinha. Quando eu estava em casa, soltava ele no meu quarto, sobre uma toalha velha onde ele fazia suas várias e incansáveis necessidades. Com o tempo ele ganhou a simpatia da galera do apartamento e passou a circular pelas outras dependências, ganhou até uma bacia onde brincou por umas...2 semanas. Patos crescem muito rápido.


Mas o tenso mesmo eram os passeios. Ah o quê?? Tem que levar o bicho pegar sol, caminhar, nadar nos laguinhos. E levar onde, sem coleira, sem carro, num país estrangeiro e um animal não convencional? Na bolsa, óbvio. Lá ia eu, de bicicleta, com o pato na bolsa, para os parques de Barcelona, levar Donaldinho passear e nadar. Se eu não fui internada naquela época, nunca mais alguém me interna.

E quando coloquei o pato para nadar num chafariz e ele não queria sair por nada no mundo e eu tinha que ir trabalhar e tive que entrar no chafariz atrás do meu filh, ops pato? Tô dizendo, ninguém me interna.

Fato era que eu amava aquele fedido. Mas não podia ficar com ele. E não havia lugar que eu pudesse doá-lo. Lojas de animais, parques, até fazenda-escola eu tentei, nada. O jeito era tentar habituar Donaldinho a seu ex-passado-futuro habitat: o lago do Parc de la Ciutadella, um dos parques mais bacanas de Barcelona.


E assim foi, depois de 3 meses de muito amor e alguns perrengues, passei a deixar o pato no lago do parque, que era onde sempre íamos passear. Primeiro deixava por duas horas e voltava buscá-lo – o mais fofo era que ele, no começo, saía do lago atrás de mim. Depois eu fui aumentando esse tempo. Claro que ali tinham outros patos e não demorou muito ele se enturmou com a galera. Uma semana depois ele nem lembrava mais de mim. Óooo. Malditos patos que não tem olfato e não geram relação de amor com suas mães.


Essa é a última foto que eu tenho dele. Enorme, não? Filhote orgulho da mamãe!

VIDA DE ACADEMIA

Volta e meia esqueço de levar alguma coisa pra academia. Já esqueci meia, já esqueci tênis, já esqueci top – enriqueci o cara da lojinha de lá, devo ter comprado uns cinco dele. Já esqueci camiseta , já esqueci toalha. Aliás, tem uma turma de ambientalistas querendo o meu couro. Se duas folhas de papel toalha são suficientes para secar as suas mãos, calcule quantas são necessárias para secar seu corpo inteiro...

Mas se tem uma coisa que não dá pra faltar na mochila de academia é agulha. E não to dizendo pra costurar não, mesmo porque eu não tenho noção de como se faça isso. Agulha pra furar mesmo.

Já reparou naqueles tipos pombo, axila assada, inchado mesmo que frequentam academias? Aquele tipo de cara que parece que colocou o dedo na boca e assoprou mais que o lobo dos três porquinhos? Tipo isso:

Já imaginou o estrago que uma agulha faria? Ia ser a dança do boneco de posto.

MEU PATO DE ESTIMAÇÃO

Ontem me dei ao lousho de fazer um típico programa de mulher. Ir ao shopping com a minha mãe. E lousho porque os tempos são outros e ninguém mais está podendo sair de shopping com quinze sacolas na mão - aliás, acho que o único lugar que a gente sai com quinze sacolas é o supermercado, e em casos de pós-laxante, que precisamos comprar todo o estoque de papel higiênico mais bananas e maçãs, se não, nem isso.

Enfim, entre uma namorada de vitrine e outra, eis que minha mãe resolveu me dar um presente. Não tinha zíper, nem salto, nem pluma nem paetê, mas eu enchi tanto o saco dela que ela comprou pra mim esse lindo chaveirinho lanterna em forma de pato de borracha! E ele ainda faz um barulho como um pato de verdade! Não é a coisa mais fofa?


Ele me lembra tanto o Donaldinho, meu pato de estimação que eu tinha em Barcelona...Senta que lá vem a história. Vem, gente!



A SAGA DE DONALDINHO

Pois é, eu tive um pato de estimação. E antes que pensem que esqueci de tomar meus remédios, a loucura começa muito antes, nas próprias ruas de Barcelona, que vendem animais como se fossem souvenirs (!). Nas Ramblas, o principal calçadão da cidade onde tem de tudo, de estátua humana a vendedor ambulante e ilegal de cerveja por um euro, há uns quiosques que vendem filhotes de animais. Peixes, coelhos, pintinhos, mini galinhas, pássaros, ramsters, ratos (??) e... patos. 

Eis que um belo dia, um dos hóspedes do Kabul, o albergue que eu trabalhava, em sua alcóolica sanidade mental, resolveu comprar dois peixes - o Jack e o Daniel - e um pato - o Donaldinho - para presentear a galera que trabalhava no bar do albergue. Ou seja, a pessoa que vos escreve e seus colegas de trabalho.

Obviamente, Jack e Daniel, criados numa caneca de cerveja (com água) não resistiram ao ambiente etílico e faleceram ao terceiro dia. Vi que tinha que salvar Donaldinho. Então adotei o pato, levando para minha “casa”, apartamento que dividia com mais 3 pessoas.

PENOSA ROTINA

Eu não sei se alguém aqui já teve um pato de estimação. Eu não tinha tido nem um cachorro, quanto mais um pato. Literalmente, penei.

Patos fedem. Muito. Cagam a toda hora. Pra minha sorte, há uma imensidão de produtos de limpeza para todos os fins nos supermercados europeus. Comprei uns quinze tipos de lenços umedecidos. Donaldinho ficava na sua gaiola – que logo tive que comprar um gaiolão – e quando eu chegava em casa eu o soltava um pouco para ele circular pelo apartamento. E dá-lhe correr atrás limpando seus dejetos.

O mais complicado era a comunicação. Eu não sei quem inventou que patos fazem QUA QUA. Não. Fazem pipiipipiiiiiiiii (como aquele alarme do seu rádio relógio de segunda feira de manhã). Agora imagina o meu pato fazendo esse barulho quando eu voltava do trampo às 3 da manha, e eu DESESPERADA para que ele não acordasse os outros membros da casa. ¬¬


PAGANDO O PATO

Como todos animais, de estimação ou não, Donaldinho precisava passear, tomar banho, comer e brincar. E como fazer isso sem coleira, sem veterinário, sem grana e tocando o Master e o bar ao mesmo tempo?

Fica pro próximo post. Só adianto que Donaldinho andava de bicicleta e tomava banho comigo...

QUANTO CUSTA VIAJAR BARATO NA EUROPA

As companhias aeras lowcost são grandes parceiras de quem está fazendo mochilão pela Europa. Diferentemente daqui, em que um vôo Curitiba-Fortaleza pode sair na faixa de quinhentos reais , essas empresas chegam a oferecer vôos como Madri-Paris por treze euros.



Mas nem tudo são flores. Esse preço é para quem não despacha bagagem – porque cobram taxa extra por mala, às vezes mais cara até que a passagem; para quem imprime o e-ticket em casa – coisa meio difícil quando se está em albergues; e, claro, em aeroportos bem, mas beeeeeem distantes do centro da cidade.



Uma das companhias com preços mais baixos é a Ryanair. Mas sem dúvida é a que mais prega peças nos seus consumidores. Aproveitando o primeiro de abril, veja o que a Ryanair já fez e parecia mentira, mas não era.

1. Ryanair aumenta o preço de bagagem despachada para 20 euros no verão, e para não perder passageiros, emite um comunicado dizendo que a estação pede pouca bagagem. Verdade, veja

2. A empresa chegou a planejar um adicional de passagem para proporcionar serviços sexuais aos passageiros. Verdade, veja

3.Em 2009, Ryanair chegou a propor cobrar uma taxa extra para passageiros obesos Verdade, veja